Defeitos e Virtudes
Ontem de manhã, quando fui ao quiosque buscar o jornal como habitualmente, ouvi sem querer mais uma conversa que espelha bem a atitude de grande parte dos portugueses, perante a corrupção que assola este país em tempo de crise. Comentando qualquer notícia que leu no jornal, dizia um fulano para o outro:" - ... é pá, deixa lá, os gajos que se abotoaram com a massa puseram tudo em "off shores" para fugir aos impostos e agora estão numa boa, como têm bons advogados, apanham aí um ou dois anos de pena suspensa e pronto...ficam na maior. Quem sabe sabe, pá!"
Transparece deste diálogo uma certa admiração por aqueles que através de esquemas financeiros duvidosos, ou outra tramóia conseguem fugir ao fisco, ou jogam com o dinheiro dos outros, enriquecem e ficam impunes. Parte dos portugueses, têm uma espécie de fascínio por estes marginais que vivem de expedientes.
É verdade também que sempre que surge uma oportunidade só não escapamos aos impostos se de todo não pudermos. É a nossa cultura, mas não estamos sozinhos. É também um defeito comum o da condenação pública de indiciados de crimes, sem que os tribunais se tenham pronunciado. A este último defeito cabe grande parte da culpa á comunicação social que cumprindo embora, como lhe compete, o dever de informar, se excede ás vezes no seu zelo profissional, publicando notícias alarmistas e matéria que, pelo seu conteúdo chega a invadir a área do segredo de justiça. Temos mais defeitos, mas também temos muitas virtudes e uma elas é a capacidade de reconhecermos os nossos defeitos.
É verdade também que sempre que surge uma oportunidade só não escapamos aos impostos se de todo não pudermos. É a nossa cultura, mas não estamos sozinhos. É também um defeito comum o da condenação pública de indiciados de crimes, sem que os tribunais se tenham pronunciado. A este último defeito cabe grande parte da culpa á comunicação social que cumprindo embora, como lhe compete, o dever de informar, se excede ás vezes no seu zelo profissional, publicando notícias alarmistas e matéria que, pelo seu conteúdo chega a invadir a área do segredo de justiça. Temos mais defeitos, mas também temos muitas virtudes e uma elas é a capacidade de reconhecermos os nossos defeitos.
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