Crónicas satíricas nem sempre politica ou " futebolisticamente " corretas mas sempre com cheirinho de ironia. Transcrevo com a devida autorização estes textos do meu ilustre amigo José Guerreiro. Hoje o paleio é curto porque todo o Mundo de repente acordou a sonhar comigo. Na impossibilidade de responder a todos aqueles dois amigos que me " parabenizaram " aqui fica o meu muito obrigado. No meio desta alegria comemorativa recebi um link duma amiga que me deixou triste porque amo Angola, já que de lá são todos os meus filhos e a minha mulher. É do New York Times e fala dessa terra magnífica... Infelizmente não fala bem. Aqui: Angola Depois vêm os jornalecos e as revistas e prontos! Aqui: Jornalecos Aconselho-vos além de verem o vídeo sobre Angola (que é deveras chocante) a ler a "Visão" onde vem um artigo sobre os cuidados excessivos com a nossa saúde. A não perder. Para a lagartada, os meus parabé
Mensagens
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NELSON MANDELA, GUERREIRO E PRINCIPE DA PAZ, 1918 - 2013 Nelson Rolihlahla Mandela é sem dúvida uma das mais fascinantes figuras da História Universal recente. A sua vida poderia constituir uma lenda, não fosse ela um imenso relatório de fatos. Nelson Mandela nasceu de etnia Xhosa, e pertence a um ramo da família real Thembu. Nasceu a 18 de Julho de 1918, na região do Transkei, na aldeia de Mvezo, nas margens do rio Mbashe, onde as colinas verdes e vales profundos contrastam com a costa selvagem virada para o oceano Índico. O pai, escolheu para ele o nome próprio de Rolihlahla que significa, “o que causa problemas”. O nome inglês Nelson foi-lhe dado no primeiro dia de aulas. A sua personalidade, e seu o caráter foram moldados no seio do seu clã Madiba e da sua gente. Na sua autobiografia Mandela diz: -“Os Xosa são um povo orgulhoso e patrilinear, com uma língua extremamente express
MANEIRAS DE DIZER
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UM ADVOGADO tinha 12 filhos e precisava sair da casa onde morava e alugar outra, mas não conseguia.. Quando ele dizia que tinha 12 filhos, ninguém lhe queria alugar porque sabiam que a criançada iria destruir a casa. Ele não podia dizer que não tinha filhos, não podia mentir, afinal os ADVOGADOS não podem mentir. Ele estava a ficar desesperado, o prazo para se mudar estava a ficar esgotado. Então ele teve uma ideia: mandou a mulher ir passear no cemitério com 11 filhos. Pegou no filho que ficou e foi ver casas acompanhado do agente da imobiliária. Gostou de uma e o agente perguntou-lhe quantos filhos ele tinha. Ele respondeu que tinha 12. Então o agente perguntou-lhe: onde estão os outros?! E ele respondeu, com um ar muito triste: “Estão no cemitério, juntamente com a mãe deles. E foi assim que ele conseguiu alugar uma casa sem mentir... Não é necessário mentir, basta escolher as palavras certas. Assim são os polít
O Cinéfilo
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O CINEMA Hoje acordei em mim, o cinéfilo nostálgico que sou. Sinto mesmo saudades, de ir um cinema do antigamente. Em vez de ver os filmes na televisão, no computador, no tablet ou outro leitor moderno. A primeira vez que entrei numa sala de cinema foi no antigo Éden Cinema, de Alcântara tinha sete ou oito anos, fui com os meus padrinhos. Gostei dos bonecos animados a cores. Mas o filme era a preto e branco, era um filme de cowboys, com muitos tiros mas não o vi todo, também como não conseguia ler as legendas tornou-se aborrecido. Os meus padrinhos, suponho que também não gostaram. Mais tarde tinha já dezasseis ou dezassete anos, tive uma segunda experiência já num cinema mais confortável. Fui ver Branca de Neve e os Sete Anões de Walt Disney, e foi um sonho. Fiquei fã da 7ª Arte. Sinto saudades ainda do ambiente de uma sala de cinema repleta de expectadores . Eis minha sessão, de preferência nocturna , de cinema: Munido do bilhete previamente adquirido,
Angola 1970, Odisseia na estrada
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Jamba, na década de 70. Vamos a até Nova Lisboa? Que aventura! No sábado, mais ou menos ás duas da tarde, metíamos as crianças no velhinho Opel Olympia de 1955, carregado com os sacos e maletas de roupas para o fim de semana, uns bolinhos, água e sumos e partindo do Jamba, faziamo-nos à estrada, para uma escapadinha de fim de semana. Se não tivéssemos nenhum percalço, antes das cinco horas, estávamos em Nova Lisboa. Nas férias, a bagagem era maior, pois iríamos permanecer alguns dias na cidade. Saíamos do Jamba, cedinho e levávamos as crianças ainda de pijama para o carro. Fazíamos o mesmo percurso, mas parávamos no Chipindo, para as vestir e recompormo-nos, da viagem antes de entrar na capital do Huambo. Naquela época, chamávamos estrada, a uma picada poeirenta e esburacada, que ligava os 311 km, que separam o Jamba, do Huambo. Aquele caminho ainda hoje, à distancia de quatro décadas, me parece quatro vezes mais longo. Não havia tempo, nem disposição para admirar a paisa
JAMBA DOS MEUS SONHOS
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Jamba 1970 pôr do sol na barragem O JAMBA ONDE EU VIVI SOBREVIVEU NÃO PERECEU CONTINUA INTEIRINHO NO MEU PEITO DO MESMO JEITO SE UM DIA A ANGOLA VOLTAR E O VISITAR EU SEI QUE IREI ENCONTRAR NO SEU LUGAR UM JAMBA MUITO DIFERENTE COM OUTRA GENTE OUTRO AMBIENTE O DRAMA QUE LÁ VIVI PERMANECEU E NÃO MORREU CONTINUA SANGRANDO NO MEU PEITO DO MESMO JEITO MAS SE UM DIA A AGOLA VOLTAR MESMO A SONHAR, A SONHAR EU SEI QUE VOU ENCONTRAR ALÉM DO MESMO AMBIENTE A MINHA GENTE O JAMBA ONDE EU VIVI PERMANECEU E NÃO MORREU CONTINUA INTEIRINHO NO MEU PEITO QUASE PERFEITO!
CINEMA PORTUGUÊS - A ROSA DO ADRO
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Em Junho do ano passado, escrevi neste blog , um trecho sobre um filme baseado no romance de Júlio Dantas “A Severa” , que foi o primeiro filme português falado, dirigido por Leitão de Barros datado de 1931. Hoje vou falar-vos de um filme mudo de Georges Pallu, filmado 12 anos antes. O realizador, Pallu, na adaptação que fez, manteve no filme o mesmo espírito dramático do romance. Achei interessante vir aqui falar dele, porque há algumas semelhanças entre este filme e o filme de Leitão de Barros. Na sequencia do plano, traçado pela Invicta Film , de adaptação a cinema de obras Literárias de sucesso, Georges Pallu ainda filmou a adaptação do conto inédito de Júlio Dantas “Frei Bonifácio”, que estreou no Olympia de Lisboa, a 4 de Outubro de 1918, com algum sucesso, mas logo no ano seguinte, adaptou a cinema, este que é um dos maiores Best Sellers da literatura portuguesa, o romance “A ROSA DO ADRO”, (1870), da autoria de Manuel Maria Rodrigues, (que, à data, já ia na 24ª edição, o q